A Articulação contra o Ultraconservadorismo na Educação manifesta espanto e desagravo diante da notícia de que escolas no Distrito Federal adotaram a segregação por sexo/gênero no revezamento como estratégia para o retorno ao ensino presencial. O fato, infelizmente, não é isolado, pois políticas de segregação por sexo/gênero foram adotadas para restringir mobilidade e aglomerações no Panamá, Peru e na cidade de Bogotá no ano passado como respostas à pandemia de COVID-19. E, em 2021, algumas cidades brasileiras, inclusive o Rio de Janeiro, também adotaram regras de segregação por sexo/gênero para organizar as filas da vacinação. Em todos esses casos esse critério fere direitos, e, inclusive nos contextos latino-americanos aqui mencionados, as medidas tiveram efeitos
reconhecidamente deletérios. Contudo, a imposição de segregação por sexo/gênero tem implicações
históricas e ainda mais flagrantes no caso do sistema educacional.