A ARTIGO 19 lançou nesta quinta (22) um estudo no qual investiga os riscos a que pessoas da comunidade LGBT estão expostas ao utilizarem aplicativos de encontro no Egito, Líbano e Irã.
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A publicação aborda questões relativas à segurança e gerenciamento de risco, e destaca como alguns recursos desses aplicativos podem sujeitar seus usuários a ataques LGBTfóbicos.
No mundo todo, pessoas LGBTs sofrem restrições para se reunir em espaços públicos devido à repressão e marginalização as quais são submetidas. Isso tem feito com que muitas delas vejam na comunicação online uma via segura para se relacionar. Ultimamente, porém, aplicativos e outras plataformas virtuais passaram a colocar seus usuários em risco.
Um caso emblemático ocorreu no Egito em setembro de 2017 quando mais de 50 pessoas foram detidas por conta da percepção sobre sua orientação sexual e identidade de gênero após uma bandeira do arco-íris ter sido hasteada durante um show no país. Boa parte dessas detenções ocorreu em emboscadas preparadas por meio de aplicativos de encontro LGBTs.
Histórias sobre o uso de aplicativos para a realização de emboscadas contra o público LGBT no Egito circulam desde 2014. Ainda assim, não houve nenhuma investigação adequada sobre os métodos empregados e a dimensão dos ataques LGBTfóbicos.
Desde então, é sabido que os aplicativos de encontro têm sido usados de forma rotineira por autoridades e atores não-estatais para atacar membros da comunidade LGBT.
Foto: Jhaymesisviphotography | CC BY 2.0
Fonte: Artigo 19.