Tal como anunciado no discurso de posse, desde seu primeiro momento, o governo Bolsonaro assumiu posturas e diretrizes alinhadas com visões e posições ultraconservadoras em relação aos direitos humanos na sua interseção com gênero, saúde e temas correlatos, em particular no que diz respeito ao próprio termo gênero e aos direitos sexuais e reprodutivos. Como mostra levantamento feito pela Conectas Direitos Humanos em parceria com o Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania LGBT+ da Universidade Federal de Minas Gerais (NUH/UFMG) e o Observatório de Sexualidade e Política, essas posições foram explicitadas em inúmeras ocasiões em arenas internacionais nas quais estiveram presentes autoridades do Ministério de Relações Exteriores (MRE) e Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH, assim como em negociações sobre esses temas em que a diplomacia brasileira explicitou essa visão.