Em sequência, o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) publicou o relatório “Mundos Distantes” que faz preeminente a precariedade da vida reprodutiva de 4,2 milhões de mulheres brasileiras que, apesar de décadas de investimento, não têm a demanda por contraceptivos atendida e são principalmente alvo as mulheres com menos de 20 anos.
Também no plano internacional, uma notícia preocupante que foi capturada pelo nosso radar foi a declaração da Pfizer em que anunciava a suspensão da distribuição do Cytotec, que tem fins obstétricos e abortivos, depois da mobilização de famílias francesas que registram efeitos colaterais do medicamento pelo uso abusivo. (Leia mais aqui.)
Uma das principais consequências negativas é o tratamento jornalístico em relação ao misoprostol que aconteceu no Brasil e internacionalmente e que contribui para a estigmatização desse remédio de grande utilidade para um abortamento seguro e que deve ser uma das linhas de frente pela descriminalização do aborto, como Sonia Corrêa e Débora Diniz argumentaram em artigo para o Portal Catarinas. (Leia mais aqui em inglês).
Tal medida do Laboratório Pfizer afetará mais drasticamente o uso privado de mulheres que buscam o aborto em países africanos, especialmente Tunísia, Marrocos e Algéria. (Leia aqui em inglês).