Ao longo de 2025, o SPW participou de vários eventos nacionais e internacionais e, junto a novos e antigos parceiros, promoveu debates e lançou novas publicações.
No contexto dos “Diálogos Pendentes e Emergentes”, plataforma regional de que fazemos parte, aconteceram dois webinários. O primeiro deles, em maio, analisou os efeitos domésticos e transnacionais do novo governo Trump. Em junho, por sua vez, foram revisitados exemplos bem-sucedidos de resistência às políticas de ultradireita nos Estados Unidos, na Argentina e na Hungria. Para assistir aos vídeos confira a playlist.
Também destacamos o Simpósio Internacional “Quem tem medo do gênero?”, realizado na UFMG, em Belo Horizonte, em janeiro. O evento contou com uma conferência virtual de Judith Butler, cujo último livro inspirou a realização do evento em que a filósofa feminista refletiu sobre a “igualdade radical”.
Em maio, Sonia Corrêa, co-coordenadora do SPW, participou do simpósio La Democratie au Féminin, em Dakar (Senegal), dedicado à obra e atuação políticas da feminista senegalesa Fatou Sow. O registro dos debates está disponível aqui.
Em julho, o SPW participou da Conferência da Associação Internacional de Gênero e Linguagem (em Montevidéu), apresentando o “Pequeno Dicionário de Termos Ambíguos do Debate Político Atual”. Também em julho, participamos de roda de conversa na Embaixada da Noruega, em Brasília, destacando os ataques ao gênero e às pessoas trans no país, descritas no Relatório de Meio Período do Coletivo RPU Brasil, que monitora as recomendações ao Estado brasileiro via Revisão Periódica Universal (RPU), do qual o SPW faz parte. Em agosto, Sonia Corrêa ministrou a Conferência de Encerramento do I Seminário Internacional Gênero em Disputa, na UFABC.
No mês seguinte, a segunda edição do Encontro Intermovimientos de América Latina e Caribe, organizado por PROMSEX, aconteceu em Lima, reunindo uma centena de participantes para aprofundar discussões iniciadas em 2024 sobre a urgência de maior articulação entre as agendas de gênero, sexualidade, segurança pública e meio ambiente. A equipe do SPW participou ativamente deste encontro, cuja registro está disponível no site do Clacai.
Em outubro e novembro, estivemos presentes no Foro Internacional que antecedeu o 42º Congresso da Federação Internacional de Direitos Humanos (FIDH) e na VIII Conferência Regional do Clacai, ambos em Bogotá.
Também lançamos vários novos produtos.
Em 2024, a ’Associació de Drets Sexuals i Reproductius’ convidou Sonia Corrêa para coordenar uma investigação sobre os impactos transnacionais da ultradireita espanhola. A pesquisa envolveu Espanha, Argentina, Chile, El Salvador, Guatemala e Quênia e seus resultados, lançados em outubro deste ano, estão disponíveis no relatório De España al Mundo la proyección global de la ultraderecha española contra los derechos sexuales y reproductivos”, disponível em espanhol e inglês (e também em catalão).
Em agosto último, lançamos o e-book Ruinologia: uma cartografia da política antigênero no governo Bolsonaro (2019 – 2022), resultado de pesquisa em parceria com o Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania LGBT+, da Universidade Federal de Minas Gerais (NUH/UFMG), sobre as políticas do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos (MMFDH) durante o governo Bolsonaro.
Em novembro, publicamos o resultado da pesquisa Fronteiras Borradas: Movimentos Feministas e de Mulheres e Política Antigênero no Brasil, uma cartografia das correntes feministas essencialistas no Brasil, realizada em parceria com a Associação Nacional de Travestis e também o NUH/UFMG, um esforço apoiado por Ação Educativa, CLADEM, Crioula, IPAS e Nem Presa Nem Morta.
Finalmente, dois novos podcasts: “Marxismo Cultural” e “Politicamente Correto” foram produzidos pela parceria SPW-Labjor/Unicamp para a série Termos Ambíguos, inspirada pelo nosso Pequeno Dicionário que, inclusive, recebeu este ano Menção Honrosa no IV Prêmio Rubra de Rádio Universitário, na categoria “Projetos Institucionais”.