A 32ª Bienal de São Paulo que termina em dezembro exibe trabalhos de 81 artistas de 33 países entre as/os quais 47 são mulheres (aqui e aqui) . Essa presença forte de mulheres artistas de vários continentes — inclusive a brasileira Barbara Vagner a quem o SPW deu destaque em agosto — cujos trabalhos exploram os temas de gênero e sexualidade numa perspectiva interseccional é muito significativa no momento que o país atravessa: um tempo marcado pela política regressiva dos homens brancos.
A partir de agora a sessão Arte & Sexualidade vai apresentar a nossas leitoras e leitores essas artistas. Começamos por Katia Sepúlveda, artista chilena que transita pela teoria decolonial, com viés transfeminista e de feminismos mestiços, isto é, que transcendem o sujeito político mulher e a teoria feminista branca, colocando em questão gênero, raça, classe e práticas subjetivas.
Em sua mostra na 32ª Bienal de São Paulo, com o projeto “Dispositivo Doméstico”, desenvolvido entre 2007 e 2012, a artista busca por meio da colagem de revistas Playboy projetar uma micro história do primeiro bordel multimídia, que teve um impacto midiático importante pelo mundo, no que ela denomina como período “pós-bordel”. A ideia da artista foi observar, desconstruir e, então, construir novamente uma leitura a partir de uma perspectiva transfeminista.
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