Se a população LGBT+ já está sob ataque no âmbito das leis e políticas, neste ano observamos uma nova e preocupante tendência: a escalada de violência física contra as paradas do Orgulho LGBT+, seja por ataques extremistas ou por repressão estatal. Ainda que com escalas e desenrolares próprios em cada país, o objetivo comum de tornar mais arriscada a expressão pública de sexualidades e identidades de gênero não heteronormativas vem avançando a todo vapor. Significativamente, tais ataques se deram em junho, mês do Orgulho.
Talvez o ataque mais trágico seja o de um bar LGBT de Oslo, na Noruega, que deixou dois mortos. Mas, nos Estados Unidos, um grupo supremacista branco poderia ter causado uma tragédia não tivesse sido preso pelas autoridades: planejavam justamente um ataque a Parada de Idaho. No entanto, a repressão também vem das forças estatais, como foi o caso da Turquia, quando a polícia prendeu mais de 300 pessoas que marchavam seu Orgulho em Istambul, onde o evento é proibido desde 2015.
Todos os casos causaram pouca comoção internacional e ocuparam pouco espaço nas manchetes. No entanto, sinalizam mais um passo das forças antigênero e anti-LGBT, e um passo ao qual devemos estar atentes.
Confira abaixo a compilação de notícias em inglês e português:
Inglês
This could be one of the most dangerous Pride months ever – openDemocracy
Defiant LGBTQ+ Norwegians stage ‘spontaneous Pride parade’ after Oslo shooting – Pink News
Istanbul police violently break up PRIDE March and arrest over 300 people – Global Voices
Turkish police teargas Pride march in Ankara, detain 36 – Openly
Police ‘violently arrest 370 people’ trying to attend banned Istanbul Pride – Pink News
Português
O que se sabe sobre ataque extremista a bar LGBTQ+ na Noruega – BBC
Ataque a tiros em bar LGBTI+ em Oslo deixa dois mortos – Nexo
Polícia turca usa força para impedir parada LGBT – DW